sexta-feira, 17 de abril de 2009

JASÃO


Entre os heróis da mitologia grega, a figura de Jasão, ao mesmo tempo valente e volúvel, é das que apresentam maior ambigüidade. Jasão era filho de Esão, rei de Iolco, na Tessália. Pélias, irmão de Esão, privou o rei de seu trono e Jasão, ainda menino, foi educado longe da corte pelo Centauro Quíron (Quirão).
Existem duas versões sobre sua mãe: ela pode ter sido Alcimede, uma neta de Mínias, ou Polimede, filha de Autólico. Foi despojado do trono paterno por seu tio Telias ou Pélias. Aos vinte anos, Jasão retornou a Iolco para clamar o trono. Pélias prometeu concedê-lo, com uma condição.
Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o rei Pélias envia o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma missão impossível: trazer o Tosão de ouro, guardado por Eetes, rei da distante Cólquida e protegido por um dragão.

Embora a missão fosse considerada impossível, Jasão aceitou-a. Construiu então um navio, o Argos, com mastro feito de um dos carvalhos de Dodona, lugar vizinho ao templo de Júpiter, cujas árvores eram oráculos, e embarcou com um grupo de heróis, os "argonautas". Entre eles encontravam-se Hércules, Cástor e Pólux, Orfeu e muitos outros.

Depois de numerosas peripécias, Jasão chegou à Cólquida e, com a ajuda da maga Medéia, filha do rei, conseguiu apoderar-se do tosão. Jasão casou-se, então, com Medéia e, depois de uma longa viagem, ambos aportaram em Iolco. Medéia conseguiu com suas artes a morte de Pélias e fugiu com o marido para Corinto, onde viveram dez anos e tiveram filhos.
Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelas Simplégadas (o Bósforo), os argonautas chegam à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mar Negro. O rei Eetes da Cólquida exige que Jasão cumpra várias tarefas para obter o Tosão, inclusive arar um campo com touros que cospem fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brota dos dentes semeados e, por fim, passar pelo dragão que guarda o próprio Tosão.
Com o Tosão nas mãos, Jasão foge com Medéia, filha de Eetes, e enfrenta várias aventuras na volta para casa. Medéia trama a morte do rei Pélias, cumprindo a antiga profecia.
Depois, retirou-se para Corinto e repudiou Medéia para desposar Creúsa, filha de Creonte. Medéia, por vingança, matou Creúsa e, eu seu furor, mata também os próprios filhos que tivera de Jasão.
O final deste é incerto. Segundo algumas versões, enlouquecido de dor, suicidou-se; segundo outras, por castigo divino, por ter quebrado o juramento de fidelidade a Medéia, muitos anos depois, Jasão é morto por um pedaço de madeira da nau Arg.

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